sábado, 31 de outubro de 2009

Ausência

Ausência
Nada me ocorre
Nada me vem à mente
Pensamento feito ar
Parou no tempo
E o tempo, ficou suspenso no ar.

Espera
Olhos capturados, feito inseto aprisionado em âmbar,
escaneiam preguiçosos a janela
Céu entrecortado - concreto, vidro, aço -
nada vêem, nada percebem, nada querem
a não ser a estática dos olhos de estátua
cuja alma mora distante
ou vagueia ao sopro do vento
pra qualquer canto,
pra onde for, tanto faz.
Preguiça?
Ou será assim o sono eterno?

Deserto
Tudo tão distante
Tão longe de acontecer
Cadê? O quê?
Ruim ficar só na multidão
Pior estar só na solidão.
Vida vazia. Perdi a poesia.

Angústia
O que devo ou não fazer?
Desistir. Continuar. Mudar o rumo. Fugir.
Pra onde vou? Não sei.
Coração apertado, às vezes acelerado,
outras quase sem bater.
Tanta ansiedade, tanta incerteza
Minha alma fraqueja, prestes a sucumbir.

Fantasia
O medo se faz de grande criador
Inventa ilusões, distorce situações,
Gera monstros, me assusta com seus dragões.

Reencontro
Tem mesmo uma luz no fim do túnel?
Olhos de céu e mar, lavam meus medos,
enxugam minha dor, apaziguam minha alma,
tudo iluminam num só piscar.
Quem é você que leva e traz a minha paz?

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