sábado, 31 de outubro de 2009

Quem sou eu, afinal?

Um ser ÚNICO ou DUAL?

Sou um ser único quando experimento
minha consciência fazendo uma escolha.

Sou dual quando experimento minha escolha
alterada e transformada em realidade
pela decisão da minha inconsciência.

Preciso ser dual para materializar, dar forma,
plasmar anseios, sonhos e desejos.
Que nem mesmo sei se são meus.

Só consciente, fico só na imaginação. VIRTUAL.

Também não posso ser só inconsciência.
Porque então me faltaria a matéria, o tempo. REAL.

Serei então a somatória do meu inconsciente, que tudo sabe,
e do meu consciente que, a partir de todo saber aprende,
por uma ótica diferenciada, criando experiências únicas?

Ou será meu consciente o QUERER
e meu inconsciente o PODER?

Quando conscientemente penso,
sou imaginação, acessando, aleatoriamente,
a fonte do meu saber inconsciente que por ser IN,
indica estar contido em uma consciência maior. TOTAL.

Quando medito, sou PRESENÇA
Observo pensamento virar sensação e vice-versa
Tomo consciência do inconsciente

Quando sonho, sou uma mistura dos dois,
sugerindo cada um, uma possibilidade diferente,
encaixando o real no irreal. SURREAL.

O meu não saber, o meu eu aprendiz,
é o criativo que impulsiona, o já sabido pelo meu inconsciente,
a ganhar novas formas, novos aspectos. SER ÚNICO.

Mas será esta inconsciência minha,
uma consciência coletiva, CÓSMICA?
Uma ciência comum a todo ser pensante?
Mente quântica e criativa não local.

Eu, um local.

Uma simples mídia onde a consciência cósmica,
veicula um filme, com roteiro específico,
sendo eu mesma veículo-filme-protagonista.

Sendo assim não sou um ser único nem dual. Sou mais.
Sou o cinema onde passa o filme da minha própria vida,
estrelado por mim.
SOU ESTRELA.

Assim, sou três, dois ou um. Ou três em um.
Tudo ao mesmo tempo. TRÍADE.
O CÁLICE É O CONTEÚDO DO SI MESMO.
SER-CONTER-ESTAR-CONTIDO

Mas se posso ser um, dois, três,
talvez possa ser ainda mais.

Posso talvez ser uma pequena face
dos multifacetados olhos de Deus,
que microcosmicamente, em mim
e em tudo o que existe,
recria o macrocosmo a cada instante.

Deus em mim cansado de tudo saber,
querendo reaprender, recomeçar,
inventar tudo de novo.

Assim, se por um momento Deus me esquecer
deixo de ser. Passo a ser nada.
Fico novamente só na imaginação.
Inconsciente sou IN DEUS
Consciente sou sem DEUS
mas a um passo de voltar a Ser

Por enquanto sou Ego que se acha senhor de tudo.
Intérprete da minha cons e inconsciência.
Perdido entre querer e poder
Saber sem sabedoria.

SER EGO é a minha condição
de SER CONDICIONADO.

Preciso deixar soprar o vento do acaso
Para que as coisas mudem de lugar
Sem passar por lugar algum
SALTO QUÂNTICO.

Preciso ir para a INCONSCIÊNCIA
para erguer o véu que esconde meu verdadeiro eu.
CONSCIENTEMENTE.

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