segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Zeca Diabo e o Bom Deus

José é o nome dele
Pedreira o sobrenome
E o coração é assim mesmo
Um coração partido
Mas partido bem ao meio:

Uma metade, coração de pai
Como o José, pai de Jesus
Aceita tudo, protege todos, divide tudo

Outra metade, coração de pedra:
“Se não fizer como eu quero... fora do meu mundo”

A metade pai é comandada pelo próprio coração
Já a metade pedra quem comanda é cabeça:
Có, cabeça dura
É assim desde criança

Mas o Zeca cresceu e fez escola
Escola de joalheria
E a pedreira foi virando gema preciosa

Vez por outra, ainda sobra, pra quem o telhado é de vidro,
Na cabeça uma pedrada
E pra quem não anda na linha,
No sapato uma incômoda pedrinha

Quer ser amigo do Zé?
Então seja alquimista ou lapidário
Pra enxergar um coração de ouro
Ou um diamante solitário

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